Alergia alimentar são as reações adversas a alimentos, dependentes de mecanismos imunológicos, IgE mediados ou não.
Leia as orientações no documento sobre Alergia Alimentar.
Alergia ao ovo é uma das alergias alimentares mais comuns em crianças, perdendo apenas para alergia ao leite. Os sintomas de uma reação alergia ao ovo podem variar de leve, como urticária, a grave, como anafilaxia. Portanto, é aconselhável que as pessoas com alergia ao ovo tenham acesso rápido a epinefrina em todos os momentos. Para evitar uma reação, dieta rigorosa isenta de ovos e produtos com ovo é essencial. Sempre leia rótulos de ingredientes dos alimentos identificar os que contêm ovo.
NÃO ingerir ovo e seus derivados;
NÃO ingerir alimentos que geralmente contém ovo como:
- Ovo (seco, em pó, sólido, branco, gema de), gemada, balas (algumas), omeletes, biscoitos, panquecas, bolos, pães (alguns), sucrilhos, consomé, ponche (alguns), farinha p/ bolos, pudins, suspiro, recheio cremoso, vinhos (alguns), massas em geral, sopas, souflés, nougat, marshmelow, merengue, marzipan, sorvete, molhos cremosos, molho tártaro, molho holandês, ovomaltine (similares).
Nota - Esta lista não implica que os ovos estão sempre presentes nesses alimentos; que se destina a servir como um lembrete para sempre ler o rótulo e fazer perguntas sobre os ingredientes antes de comer um alimento que você não se preparou.
Algumas vacinas contêm proteína de ovo. As recomendações da Academia Americana de Pediatria (AAP), Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia (AAAI) E Academia Europeia de Alergia e Clínica imunológica (EAACI) e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) são:
Existem claras evidências de que as Vacinas para gripe- Influenza (H1N1) e para Rubéola, Caxumba e Sarampo a MMR, podem ser administradas com segurança a pacientes com alergia ao ovo, que pode protegê-los dessas doenças. Assim, o risco de não vacinar estes pacientes, claramente excede o risco da vacinação.
Nos pacientes com anafilaxia ao ovo também houve boa tolerância e constatou-se que não é necessário realizar testes com a vacina ou aplicá-la em doses fracionadas, mas recomenda-se observar o paciente por 30 minutos em ambiente adequado, com equipamentos e pessoal técnico habilitado para reconhecer e tratar eventuais reações (as quais podem ocorrer também por sensibilidade a outros componentes da vacina).
A Fiocruz, que produz a vacina contra Febre Amarela recomenda que ela possa ser feita nos pacientes alérgicos ao ovo. E deve ser feita em locais com seguros para atender urgências naqueles pacientes com historia de reação alérgica grave ao ovo. Mas o Ministério da Saúde e o Comitê de Imunizações (ACIP) do Centro de controle de Doenças – CDC contra- indicam esta vacina aos que apresentaram reações alérgicas ao ovo.
Fonte: Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2007
Guidelines for the Diagnosis and Management of Food Allergy in the United States, 2010
Guidelines for the Diagnosis and Management of Food Allergy in the United States- Summary for Patients, Families, and Caregivers- National Institute of Allergy and Infectious Diseases:2011
Food Allergy Research and Education/CDC: 2016
Parecer técnico ASBAI e SBIm sobre a Vacina Influenza em pacientes alérgicos a ovo- 2016
Immunization Practices Advisory Committee (ACIP) recommendations on yellow fever vaccine update previous recommendations (MMWR 1984;32:679-88)