O que é alergia alimentar?
Alergia alimentar é um termo utilizado para descrever reações adversas a alimentos, dependentes de mecanismos imunológicos, IgE mediados ou não.
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Quais são os fatores de risco para desenvolver alergia alimentar?
As doenças alérgicas são complexas e multifatoriais. Seu aparecimento e expressão clínica dependem da interação entre fatores genéticos e ambientais.
Herança genética - embora não haja, no momento, testes genéticos diagnósticos disponíveis para identificar indivíduos com risco de alergia alimentar, a história familiar de atopia (pais ou irmão), incluindo a alergia alimentar, ainda é o melhor indicativo de risco para o seu aparecimento.
Ambientais - excesso ou deficiência de vitamina D; obesidade (induz a estado inflamatório que aumenta o risco para alergias, inclusive alimentar), quebra da barreira cutânea pelo ressecamento da pele, excesso de higiene (devido a modulação do sistema imunológico).
Quais as principais medidas para prevenir a alergia alimentar no paciente de alto risco?
- É fundamental o Aleitamento materno exclusivo até o final do primeiro semestre de vida, mas a introdução de alimentos sólidos mais precocemente, conforme desenvolvimento motor da criança está associado a menor risco de alergia alimentar.
- Iniciar precocemente a adequada hidratação da pele do bebê, para manter integra a barreira cutânea.
- Não há indicação de dietas restritivas hipoalergênicas para gestante nem no último trimestre de gestação, com exceção do amendoim. Restrições de ovo, leite de vaca e peixe não são recomendadas.
- Durante a lactação a Academia Americana de Alergia e Imunologia orientava que a mãe evitasse os principais alimentos alergênicos: amendoim, noses, leite de vaca, ovo e peixe. Mas não há mais essa recomendação.
- Para prevenir deficiências nutricionais da dieta de restrição, a Academia Americana de Pediatria recomenda suplementação de Cálcio e Vitaminas.
- Em caso de necessidade de utilizar fórmula infantil durante o período de aleitamento, a Academia Americana de Pediatria recomenda o uso de fórmulas hipoalergênicas. Não existe mais a recomendação de adiar introdução de alimentos alergênicos (amendoim, noses, leite de vaca, ovo e peixe) para evitar alergia alimentar.
- Estudos em andamento quanto ao papel dos pré e probióticos na prevenção da alergia alimentar, portanto ainda são inconclusivos.
- Não esqueça: A prevenção é fundamental para a saúde de seu bebê!
Fonte:
Update on risk factors for food allergy. J Allergy Clin Immunol May 2012
Active or passive exposure to tabacco smoking and aleergic rhinitis, allergic dermatitis, and food allergy in adults and children: asystamatic review and meta-analysis. PLoS Med.2016